Rodada de negócios movimenta R$ 2,6 mi no Amazontech


Setenta e quatro empresários, 60 artesãos de seis dos nove estados da Amazônia Legal, 235 reuniões e a expectativa de compras de R$ 2,68 milhões foram o saldo da Rodada de Negócios promovida pelo Sebrae nessa quarta-feira (14) dentro do Amazontech 2012. O evento debate inovação e tecnologia sustentável na região e termina neste sábado (17), na capital de Amapá.

Os expositores firmaram parcerias para a venda de produtos em grande escala com um grupo de 14 empresários dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Grande parte dos negócios não é fechada no momento da rodada – o objetivo é encurtar o caminho entre o produtor e o empresário, viabilizando relações futuras. “O network que é feito e a cadeia de contatos que se estabelece entre os participantes podem gerar bons frutos nas semanas ou meses seguintes”, explica a analista de Mercado do Sebrae no Pará, Maryellen Lima.

Na rodada de negócios, a cada 20 minutos, em média, os expositores circulam pelas mesas onde estão os compradores interessados em determinados segmentos de produtos e apresentam em catálogos ou com os próprios materiais o que desejam comercializar. A escolha dos artesãos atende a uma demanda dos empresários convidados pelo Sebrae. A ação é promovida no Amazontech desde a primeira edição, em 2001.

Representante do Grupo Fazfarma, responsável pelo gerenciamento de 35 farmácias no interior de São Paulo e na capital paulista, Jonas de Oliveira saiu satisfeito com a evolução técnica e organização dos produtores de cosméticos e fitoterápicos presentes na rodada deste ano. De olho em sabonetes e cremes feitos à base de produtos da Amazônia, ele sentiu progressos no setor. “Os estabelecimentos desse ramo estão aprendendo a apresentar preços mais competitivos e com valores que chegam muitas vezes a 40% dos concorrentes. O suporte oferecido a eles pelo Sebrae certamente ajudou”, destacou.
A proposta de Jonas é criar uma sessão das lojas da rede só de cosméticos e fitoterápicos fabricados com materiais dos estados da Amazônia Legal, como hidratantes de cupuaçu, andiroba e até mesmo um sabonete produzido por meio de uma planta cuja seiva tem poder cicatrizante, popularmente chamada sangue de boi.

Qualidade
Proprietária da Fuchic, loja de móveis e adornos artesanais em Barueri (SP), Anny Darakjian fechou negócios com 13 dos 16 expositores com quem conversou na rodada. Ela fez muitos pedidos e até comprou alguns dos produtos da exposição. “A qualidade do artesanato tem melhorado. Acho que o Sebrae estimula os artesãos ao disponibilizar designs e agregar técnica e requinte aos produtos”, avaliou.
Do outro lado da mesa de negociação, a artesã Valéria Totti, de Porto Velho (RO), disse ter saído da Amazontech com grandes perspectivas de vendas dos seus móveis produzidos de cipó e madeira reciclada da Amazônia. “Estou esperando grandes negócios. Disseram que meus móveis são de nível internacional”, comemorou.



Fonte: Hédio Ferreira Júnior

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