A Escola Sambódromo recebeu nesta quinta-feira, 15, na área da Sala Cristal Verde, agricultores, estudantes e comunidades do interior para uma oficina sobre qualidade no processamento do açaí. O debate foi dirigido pelo técnico do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), André Amaral, que falou sobre as boas práticas para garantir um produto seguro.
Segundo ele, o açai é um importante recurso alimentício dos estados da região Norte, principalmente do Pará, do Amapá e do Amazonas. É um alimento básico e nutritivo que sempre foi largamente consumido pelas populações ribeirinhas e de centros urbanos.
"O açaí tornou-se um alimento muito apreciado por jovens e frequentadores de academias. Entretanto, muitas pessoas têm ficado doentes depois de tomarem o seu suco produzido de forma descuidada", alertou.
Durante a oficina, Amaral ressaltou a importância de boas práticas para garantir um alimento sem contaminação e fez algumas recomendações. "Boas práticas de produção, orientar os produtores a identificar e controlar os perigos em todos os elos da cadeia produtiva do açaí, que vai desde a escolha dos cachos para a colheita, no transporte e no comércio dos frutos e, posteriormente, no seu preparo pela batedeira artesanal", pontuou.
O técnico comentou ainda a respeito dos principais perigos no preparo do açaí batido, como também os nomes difíceis que causam doenças graves. A bactéria Salmonella, ao contaminar o açaí, causa diarréia, cólica intestinal e vômito, podendo até matar. OTrypanosoma cruzi, um protozoário que circula no sangue e provoca lesões graves nos órgãos, principalmente no coração, causa a chamada doença de Chagas, podendo levar à morte.
A moradora do município de Pedra Branca do Amapari e agricultora, Iraci Cordeiro, aproveitou a oportunidade de estar na cidade para prestigiar e aprender um pouco mais sobre o preparo desse alimento "Estou gostando muito de participar da oficina, pois quero aprender sobre o preparo do açaí, já que é muito procurado pela população, e saber como prevenir as doenças", comentou.
A estudante e técnica em alimentos, Clissia Caroline, participou da oficina e disse que foi um aprendizado incomparável e, a partir de agora, vai investir mais nesse segmento. "Achei muito interessante e adorei estar aqui discutindo esse tipo de informação, que é tão importante para a nossa sociedade, pois somos consumidores e precisamos ter cautela para um melhor processamento do produto", ponderou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário!