Um
intenso debate marcou a reunião do Fórum de Reitores da Região Norte,
realizado nesta quarta-feira (14), na Universidade Federal do Amapá
(Unifap). Reitores e Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação trataram
de temas relevantes relacionados à pesquisa, aperfeiçoamento técnico e
ampliação do contingente científico no norte do país. Durante o
encontro, o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das
Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Carlos Edilson de
Almeida Maneschy, da Universidade Federal do Pará (UFPA), apresentou o
Programa de Atração e Fixação de Doutores na Amazônia.
O
documento ainda está em fase de elaboração e prevê, entre outros
auxílios, a concessão de bolsas de pesquisa para professores que já
atuam em universidades da Amazônia ou os que sejam contratados a partir
do ano que vem. Essa seria uma das alternativas propostas para estimular
a candidatura de pesquisadores doutores às vagas abertas em concursos
públicos nas instituições do norte do país e garantir sua permanência.
Todos
os pesquisadores doutores teriam acesso aos benefícios do programa que
são divididos por categoria discente e inclui: a Bolsa de Pesquisador da
Amazônia, Auxílio Pesquisa na Amazônia, Bolsa de Professor Visitante
Nacional Sênior e Bolsa de Professor de Iniciação Científica. O objetivo
com a proposta é atrair, ao logo da próxima década, 10 mil doutores
para a Amazônia e apoiar a permanência dos já contratados.
Os reitores avaliaram que o governo brasileiro buscou por meio de agências federais como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Ministério da Educação (CAPES/MEC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Ministério da Ciência tecnologia e Inovação (CNPq/MCTI) e Financiadora de Estudos e Projetos, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Finep/MCTI) reduzir as discrepâncias na distribuição de doutores pelo território nacional.
“Apesar do esforço do governo federal, não se percebe uma ação que realmente possa inverter de forma eficaz e definitiva diante do quadro de exclusão da região norte do país no panorama de desenvolvimento científico nacional”, avaliou o reitor da Unifap, José Carlos Tavares. Dados apresentados no documento dão conta dessas assimetrias. Atualmente, são menos de 4 mil doutores atuando na Amazônia, de um montante de 70 mil distribuídos entre outras regiões do país.
Os reitores avaliaram que o governo brasileiro buscou por meio de agências federais como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Ministério da Educação (CAPES/MEC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Ministério da Ciência tecnologia e Inovação (CNPq/MCTI) e Financiadora de Estudos e Projetos, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Finep/MCTI) reduzir as discrepâncias na distribuição de doutores pelo território nacional.
“Apesar do esforço do governo federal, não se percebe uma ação que realmente possa inverter de forma eficaz e definitiva diante do quadro de exclusão da região norte do país no panorama de desenvolvimento científico nacional”, avaliou o reitor da Unifap, José Carlos Tavares. Dados apresentados no documento dão conta dessas assimetrias. Atualmente, são menos de 4 mil doutores atuando na Amazônia, de um montante de 70 mil distribuídos entre outras regiões do país.
“O
documento é um desenho inicial para a formatação final do programa que
se pretende aperfeiçoar em encontros como esses”, afirmou Carlos
Maneschy.
Assistência Estudantil
Outro
ponto destacado pelos reitores foi quanto a distribuição da verba entre
as universidades do país para a assistência estudantil. Segundo dados
apontados pelo senso 2011, a região norte tem 60,07% dos alunos das
classes C, D e E matriculados em suas universidades. “Apesar dos
números”, argumentou Maneschy, “somos a região que menos recebe verbas
oriundas do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES)”.
O orçamento do PNAES (custeio e investimento) para a Unifap em 2013 será de R$ 4.446.095,00. Para o mesmo ano, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por exemplo, receberá o montante de R$ 14.130.505,00 pelo PNAES. A região sul do país aparece com o menor percentual de alunos matriculados nas classes C, D e E, são 33, 84% nos estados sulistas.
O orçamento do PNAES (custeio e investimento) para a Unifap em 2013 será de R$ 4.446.095,00. Para o mesmo ano, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por exemplo, receberá o montante de R$ 14.130.505,00 pelo PNAES. A região sul do país aparece com o menor percentual de alunos matriculados nas classes C, D e E, são 33, 84% nos estados sulistas.
“Há
uma contradição no discurso de valorização da Amazônia. Ao mesmo temo
em que se pinta a ideia dos olhares do mundo voltados para cá, temos os
menores percentuais em investimentos na ciência, tecnologia, mão de obra
qualificada e assistência estudantil no interior das nossas
universidades. Não deve tratar realidades diferentes de forma igual”,
ponderou o reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA),
professor Sueo Numazawa.
Fonte: Kleber Soares
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