Alunos, professores,
artesãos e curiosos participaram nesta quinta-feira, 15, no Complexo
Meio do Mundo - espaço do Sambódromo, da Oficina de Fabricação de
Biojoias. O evento faz parte da programação do Amazontech 2012,
promovido pelo Sebrae, Universidade Federal do Amapá (Unifap),
Embrapa e Governo do Estado do Amapá, com o apoio da CAIXA e da
Sudam.
O projeto teve o
objetivo de trabalhar a produção de peças feitas em fibra de
miriti, também conhecido como buriti, além do curaua e osso. A
paraense Nilma Chagas Arraes, do Sebrae/PA, foi a palestrante da
oficina. A desing esclareceu que era uma oficina apenas de
demonstração, mas, em virtude da turma superar o número de
inscritos esperados, optou-se por trabalhar a interação com os
participantes.
Os alunos receberam
informações a respeito do conceito de uma peça de caráter
cultural, traçados, harmonia na hora da produção. Logo em seguida,
foram divididos em grupo para construção e demonstração de uma
peça para a turma.
"Estou muito
feliz, pois percebi que eles conseguiram captar os conceitos e as
principais ideias que lhes foram repassadas", ressaltou Nilma
Chagas.
Ela destacou ainda que
os colares foram as peças mais produzidas pelos amapaenses.
Dependendo da criatividade, após adquirir a prática da construção,
esses materiais podem ser comercializados em valores que variam de R$
10 a R$ 150, em qualquer lugar do Brasil.
A professora Alexinara
Maciel se inscreveu, juntamente com oito alunos da Escola Estadual
Maria Cavalcante, do bairro Brasil Novo. A intenção é utilizar os
conhecimentos adquiridos para implantar um projeto de oficinas na
instituição. "Queremos despertar o interesse dos alunos em
projetos como esse, para levarmos à nossa escola", afirmou a
docente.
Já a autônoma Odaléa
Maria Correa pretende utilizar as técnicas adquiridas com sementes
para a produção de materiais a serem comercializados. "Tenho
um terreno no município de Porto Grande, lá existem plantas que
produzem essas fibras, posso trabalhar com elas", comemorou
Maria.
Biojoias
São peças
confeccionadas com sementes ou gemas vegetais, cascas, cocos ou
madeiras reaproveitadas. Fibras e outros materiais encontrados no
ventre das ricas florestas do Brasil, em especial a floresta
amazônica. Elas nascem como forma de valorização da identidade
cultural e do compromisso dos povos amazônicos, que unem a geração
de renda com a preservação da natureza.
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